sábado, 22 de agosto de 2009

Ritmo Eterno, de Kilkerry









Abro as asas da Vida à Vida que há lá
fora.
Olha... Um sorriso da alma! - Um
sorriso da aurora!
e Deus - ou Bem! ou Mal - é Deus
cantando em mim,
Que Deus é tu, sou eu - a Natureza
assim.

Árvore! boa ou má, os frutos que
darás
sinto-os sabendo em nós, em mim,
árvore, estás.
E o sol, de cujo olhar meu pensamento
inundo,
Casa multiplicando as asas deste
mundo...

Oh, braços para a Vida! Oh, vida para
amar!
Sendo uma onda do mar, dou-me
ilusão de um mar...
Alvor, turquesa, ondula a matéria... É
veludo,

É minh’alma, é teu seio, e um
firmamento mudo;
Mas, do ritmo da Terra, és um ritmo
do amor?
Homem! ouve a teus pés a Natureza
em flor!


(Ilustração: Jacek Yerka)



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