Muitas fugiam ao me ver
Pensando que eu não percebia
Outras pediam pra ler
Os versos que eu escrevia
Era papel que eu catava
Para custear o meu viver
E no lixo eu encontrava
livros para ler
Quantas coisas eu quis fazer
Fui tolhida pelo preconceito
Se eu extinguir quero renascer
Num país que predomina o
preto
Adeus! Adeus, eu vou morrer!
E deixo esses versos ao meu
país
Se é que temos o direito de
renascer
Quero um lugar, onde o preto
é feliz.
(Antologia pessoal)
(Ilustração: Erhabor Emokpae (nigeriano - 1934-1984) - dançarina burlesque)
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