quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

NEGRO FORRO, de Adão Ventura

 

  




Minha carta de alforria

Não me deu fazendas,

Nem dinheiro no banco,

Nem bigodes retorcidos.

Minha carta de alforria

Costurou meus passos

Aos corredores da noite de minha pele.





(Os cem melhores poemas brasileiros do século; organização: Ítalo Moriconi)



(Ilustração: Heitor dos Prazeres)

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