um outro olhar como uma chama escrava:
Sob o olhar de Raquel o olhar de Lia
no pórtico das órbitas velava.
Quando às vezes Raquel o olhar cravava
em alguém ou a alguém Raquel seguia
eram os olhos da irmã o que se via,
era o olhar da pastora que ali estava.
Debruça-se o pastor no olhar do filho.
Que é que via nos olhos que fitava?
Nos olhos bem-amados que é que via?
Por certo de Raquel o estranho brilho.
Mas atrás desse brilho bruxuleava
o olhar de Lia, Lia, sempre Lia.
(Ilustração: Ginette Beaulieu)
Amei!
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