quinta-feira, 3 de junho de 2010

DOMÍNIO RÉGIO, de Jorge de Lima







Investiguei a Grécia em Platão e em Homero.

Vi Sócrates beber a taça de cicuta...

Depois passei a Roma e analisei de Nero

Na boca de Petrônio essa face corrupta.



Conheci Santo Anselmo e São Tomás, Lutero,

Estudei de Voltaire a inteligência arguta

E finalmente andei como se fosse Asvero

Pela Ciência e a História em requintada luta...



Mas a Arte é que me impõe o seu domínio régio
E é por isso que adoro a mão de Tintoretto

E a sublime palheta e o pincel de Correggio...



E é por isso que eu amo o verso alexandrino

E burilo, Mulher, este pobre soneto

Inspirado a pensar em teu perfil divino.




(Ilustração: Henri Gervex - Jeune Femme Rousse À La Toilette)

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