sexta-feira, 25 de junho de 2010

SONNET XLIII - HOW DO I LOVE THEE? / SONETO XLIII – COMO EU TE AMO?, de Elizabeth Barrett Browning









How do I love thee? Let me count the ways.

I love thee to the depth and breadth and height

My soul can reach, when feeling out of sight

For the ends of Being and ideal Grace.



I love thee to the level of everyday's

Most quiet need, by sun and candlelight.

I love thee freely, as men strive for Right;

I love thee purely, as they turn from Praise.



I love thee with the passion put to use

In my old griefs, and with my childhood's faith.

I love thee with a love I seemed to lose



With my lost saints, - I love thee with the breath,

Smiles, tears, of all my life! - and, if God choose,

I shall but love thee better after death.



Tradução de Manuel Bandeira:



Amo-te quanto em largo, alto e profundo

Minh’alma alcança quando, transportada,

Sente, alongando os olhos deste mundo,

Os fins do Ser, a Graça entressonhada.



Amo-te em cada dia, hora e segundo:

À luz do Sol, na noite sossegada.

E é tão pura a paixão de que me inundo

Quanto o pudor dos que não pedem nada.



Amo-te com o doer das velhas penas;

Com sorrisos, com lágrimas de prece,

E a fé da minha infância, ingênua e forte.



Amo-te até nas coisas mais pequenas.

Por toda a vida. E, assim Deus o quiser,

Ainda mais te amarei depois da morte.



Tradução de Luís Euzébio:




Como te amo? Deixa-me contar os modos.

Amo-te ao mais fundo, amplo e alto que

Minh'alma pode alcançar, além dos limites visíveis

E fins do Ser e da Graça ideal.



Amo-te até ao nível das mais diárias

E ínfimas necessidades, à luz do sol e das velas.

Amo-te com liberdade, como os homens buscam por Justiça;

Amo-te com pureza, como voltam das Preces.



Amo-te com a paixão posta em uso

Nas minhas velhas mágoas e com a fé da minha infância.

Amo-te com um amor que me parecia perdido



Com meus Santos perdidos - amo-te com o fôlego,

Sorrisos, lágrimas, de toda a minha vida! - e, se Deus quiser,

Amar-te-ei melhor depois da morte.



Tradução de Sérgio Duarte:




Como te amo? deixa que te conte:

Amo-te quando em largo, alto e profundo

Minh'Alma alcança, se fugindo ao mundo

Busca a origem do Ser, da Graça a fonte.



De dia, ou quando o sol cai no horizonte,

Amo do mesmo amor cada segundo:

O puro amor modesto em que me inundo,

O amor liberto de quem ergue a fronte.



Eu te amo com a paixão que conhecera

Nas velhas dores, e com fé tão forte

Como a da infância; o amor que se perdera



Com minhas crenças; te amo no transporte

Do pranto e riso, e apenas Deus quisera

Mais te amarei ainda após a morte.



Tradução de Thereza Christina Rocque da Motta:



De quantas formas eu te amo? Deixa-me contá-las.

Amo-te profunda e largamente, e tão alto quanto

Alcança a minha alma, quando perco de vista

Os propósitos do Ser e do ideal da Graça.



Amo-te tanto quanto as menores necessidades

Do dia-a-dia, seja à luz do sol ou à luz de velas.

Amo-te livre, como os homens lutam pelo Direito;

Amo-te de modo puro, como afastam o Elogio.



Amo-te com a paixão que tenho pelas

Minhas tristezas mais antigas, e com minha fé infantil.

Amo-te com um amor que pensei ter perdido



Com os santos que perdi …Amo-te com o alento,

Sorrisos e lágrimas de toda a minha vida!… e, se Deus quiser,

Irei amar-te ainda mais depois que eu morrer.



(Ilustração: Magritt - o beijo)





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