quinta-feira, 22 de março de 2018

GRAMMAR / GRAMÁTICA, de Tony Hoagland


  



Maxine, back from a weekend with her boyfriend,

smiles like a big cat and says

that she's a conjugated verb.

She's been doing the direct object

with a second person pronoun named Phil,

and when she walks into the room,

everybody turns:



some kind of light is coming from her head.

Even the geraniums look curious,

and the bees, if they were here, would buzz

suspiciously around her hair, looking

for the door in her corona.

We're all attracted to the perfume

of fermenting joy,



we've all tried to start a fire,

and one day maybe it will blaze up on its own.

In the meantime, she is the one today among us

most able to bear the idea of her own beauty,

and when we see it, we do what is natural:

we take our burned hands

out of our pockets,

and clap.



Tradução de Maria Rezende:


Maxine, na volta de um fim-de-semana com seu namorado,

sorri feito um gato grande e diz

que é um verbo conjugado.

Ela está fazendo o objeto direto

com um pronome da segunda pessoa chamado Phil,

e quando ela entra

todo mundo se vira:



tem uma espécie de luz saindo da sua cabeça.

Até os gerânios parecem curiosos,

e as abelhas, se estivessem aqui, zuniriam

de forma suspeita em volta do seu cabelo, procurando

a porta pra sua coroa

Somos todos atraídos pelo perfume

da alegria fermentando,



todos tentamos começar um fogo

e um dia talvez ele queime por si só.

Por hora, ela é hoje aquela de nós

mais capaz de suportar a ideia da sua própria beleza,

e quando a gente a vê, faz o que é natural:

tira nossas mãos queimadas

dos bolsos,

e aplaude.



(Donkey Gospel)



(Ilustração: Georgy Kurasov) 



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