terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

RIVUS, de Josely Vianna Baptista










A água mede o tempo em reflexos vítreos. Mudez

de clepsidras, no sobrecéu ascendem (como anjos suspensos

numa casa barroca), e em presença de ausências o tempo

se distende. Uns seios de perfil, sono embalando

a rede, campânula encurvada pelas águas da chuva.



No horizonte invisível, dobras de anamorfoses;

sombras que se insinuam, a matéria mental.





(Ar)




(Ilustração: Salvador Dali)

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