terça-feira, 10 de dezembro de 2013

HIBISCUS ON THE SLEEPING SHORES / HIBISCOS NOS LITORAIS ADORMECIDOS, de Wallace Stevens








I SAY now, Fernando, that on that day

The mind roamed as a moth roams,

Among the blooms beyond the open sand;




And that whatever noise the motion of the waves

Made on the sea-weeds and the covered stones

Disturbed not even the most idle ear.





Then it was that that monstered moth

Which had lain folded against the blue

And the colored purple of the lazy sea,




And which had drowsed along the bony shores,

Shut to the blather that the water made,

Rose up besprent and sought the flaming red




Dabbled with yellow pollen—red as red

As the flag above the old café—

And roamed there all the stupid afternoon.




Tradução de Jorge Fazenda Lourenço:



Agora eu digo, Fernando, que naquele dia

O espírito vadiava como vadia uma traça,

Entre as flores para lá do areal imenso;




E que o mínimo rumor do vaivém das ondas

Nas algas marinhas e nas pedras submersas

Não incomodava nem o mais ocioso ouvido.





Foi então que aquela monstruosa traça

Que ficara imóvel pregada no azul

E no púrpura colorido do mar preguiçoso,




E dormitara ao longo de litorais ossudos,

Surda para a conversa que as águas fiavam,

Se ergueu perlada e buscou o rubro ardente




Salpicada de pólen amarelo ─ tão rubro

Como a bandeira no cimo do velho café ─

E por ali vadiou toda a estúpida tarde.





(Relógio d´água)

(Ilustração: Luis Ricardo Falero - A Fairy Under Starry Skies)


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