quarta-feira, 3 de julho de 2024

POEMA DE FIM DE TARDE, de Aryana Frances

 


 

É estranho:

Mas sinto que caminho para a derrota sem a glória ter sido iniciada.

 

Faço o seu caminho, imagino qual o lado da calçada que escolheu, sinto o seu cheiro e sigo.

Te sigo mentalmente.

Vejo os lugares que me contou, sinto o quanto perdi, mas é tarde.

 

É tudo estranho e tarde.

Caminhos belos não bem regados e podados

Viram o inóspito caminho do meu coração.

 

(Derivantes e delirantes)

 

(Ilustração: Jean Béraud)

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