que pintam a casa caiada de manchar inquilinos sonhos.
com dedos e sopros vou espanando a areia que murmura
nos talheres e pratos que me deram por conveniência ou despeito.
na rua, ficam me espreitando ali parados alguns postes.
patrulham o amor que exalo e tremo.
sereno, desvairado? que importa.
a fome arde em tudo e talvez seja eu
apenas esse espaço entre oceano e janela
(Ilustração: Livia Valente; o batuque das ondas)
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