Não sei, Marília, que tenho,
depois que vi o teu rosto,
pois quando não é Marília
já não posso ver com gosto.
As nuvens ajoelhadas
nos claustros ermos e vãos
passam as contas doiradas
das estrelas pelas mãos!
O amor que a teu lado levas
a que lugar te conduz,
que entras coberto de trevas
e sais coberto de luz?
O cinamomo floresce
em frente do teu postigo...
Cada flor murcha que desce
morre de sonhar contigo!
Em barca de nuvens sigo...
E o que vou pagando ao vento
para levar-te comigo
é suspiro e pensamento.
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