When the soft tired eyes are closed and the pain is over,
And the long, long innocence of love comes gently in
For a moment more in quiet to hover.
There is a moment after death, yet hardly a moment
When the bright clothes hang in the scented closet
And the lost dream fades and slowly fades,
When the silver bottles and the glass, and the empty mirror,
And the three long hairs in a brush and a folded kerchief,
And the fresh made bed and the fresh, pump pillows
On wich no head will lay
Are all that is left of the long wild dream
But there are always the letters.
I hold them in my hand, tied with green ribbon
Neatly and firmly by the soft, strong fingers of love.
The letters will not die.
They will wait and wait for the stranger to come and read them.
he will come slowly out of the mists of time and change,
he will come slowly, differently, down the years,
he will cut the ribbon and spread the letters apart,
And carefully, carefully read them page by page.
And the long, long innocence of love will come softly in
like a butterfly through an open window in the summer,
For a moment in quiet to hover.
But the stranger will never now - The dream will be over.
The stranger will be I.
Tradução de Newton Goldman:
Há um momento após a morte
em que o rosto se torna belo
e os suaves olhos fatigados se fecham;
em que a dor acabou
e a antiga, antiga inocência do amor
gentilmente retorna e fica por perto
apenas por mais um instante.
Há um momento após a morte (que sequer é um momento)
em que as coloridas roupas penduradas no armário perfumado
e o sonho perdido fenecem lentamente;
em que os vidros e o copo de prata e o espelho vazio
e os três compridos fios de cabelo na escova
e o lenço dobrado e a cama refeita
com seus gordos travesseiros (onde nenhuma cabeça
se pousará) é tudo que restou de um grande sonho selvagem.
Mas existem sempre as cartas.
Eu as seguro nas mãos, amarradas numa fita verde,
com firme pureza entre os suaves e fortes dedos do amor.
As cartas não morrerão, esperando pelo estranho que virá lê-las.
Virá lentamente, emergindo da névoa do tempo e da mudança.
Virá lentamente, desafiador, pelo correr dos anos
cortará a fita e as espalhará a sua volta
e cuidadosamente as lerá página por página.
E a antiga inocência do amor voltará
Virá lentamente, emergindo da névoa do tempo e da mudança,
suave como uma borboleta por uma janela aberta no verão
só por mais um momento, em silêncio, para estar perto,
mas o estranho nunca saberá. O sonho acabou.
O estranho sou eu.
(Ilustração: Pietro Saja - vestal virgin condemned to death - c.1800)
um dos melhores poemas do mundo
ResponderExcluirUm dos melhores poemas do mundo.
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