I died for beauty, but was scarce
Adjusted in the tomb,
When one who died for truth was lain
In an adjoining room.
He questioned softly why I failed?
“For beauty”, I replied.
“And I for truth, - the two are one;
We brethren are, “ he said.
And so, as kinsmen met at night,
We talked between the rooms,
Until the moss had reached our lips,
And covered up our names.
Tradução de Isaias Edson Sidney:
Pela beleza morri, e estava ainda
Há tão pouco na tumba, quando
Alguém que pela verdade morrera
No túmulo vizinho se deitou.
Suavemente perguntou o motivo
De minha morte. “Pela beleza”, respondi.
“Pela verdade, eu – as duas são uma;
“Irmanados estamos”, ele disse.
E então, irmãos reunidos pela noite,
Ficamos a conversar entre os túmulos,
Até que o musgo fechou nossos lábios
E cobriu para sempre nossos nomes.
Tradução de Manuel Bandeira:
Morri pela beleza, mas apenas estava
Acomodada em meu túmulo,
Alguém que morrera pela verdade
Era depositado no carneiro contíguo.
Perguntou-me baixinho o que me matara:
--A beleza, respondi.
--A mim, a verdade -- é a mesma coisa,
Somos irmãos.
E assim, como parentes que uma noite se encontram,
Conversamos de jazigo a jazigo,
Até que o musgo alcançou os nossos lábios
E cobriu os nossos nomes.
Morri pela Beleza – mas mal eu
Na tumba me acomodara,
Um que pela Verdade então morrera
A meu lado se deitava.
De manso perguntou por quem tombara…
– Pela Beleza – disse eu.
– A mim foi a Verdade. É a mesma Coisa.
Somos Irmãos – respondeu.
E quais na Noite os que se encontram falam –
De Quarto a Quarto a gente conversou –
Até que o Musgo veio aos nossos lábios –
E os nossos nomes – tapou.
(Poemas)
(Ilustração: Adrian Gottlieb - truth corrupted by vanity)
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