“Quaint child, old-fashioned Alice, lend your dream:
I would be done with modern story-spinners,
Follow with you the laughter and the gleam:
Weary am I, this night, of saints and sinners.
We have been friends since Lewis and old Tenniel
Housed you immortally in red and gold.
Come! Your naivete is a spring perennial:
Let me be young again before I’m old.
You are a glass of youth: this night I choose
Deep in your magic labyrinths to stray,
Where rants the Red Queen in her splendid hues
And the White Rabbit hurries on his way.
Let us once more adventure, hand in hand:
Give me belief again – in Wonderland!
Tradução de Maria Luiza X.
de A. Borges:
Curiosa criança, remota
Alice, empresta-me teu sonho:
Eu desprezaria os contadores
de histórias de hoje,
Seguiria contigo o riso e o fulgor:
Estou fatigado, esta noite,
de santos e pecadores.
Somos amigos desde que Lewis
e o velho Tenniel
Encerraram tua imortalidade
em vermelho e dourado.
Vem! Tua ingenuidade é uma
fonte perene.
Deixa-me ser jovem de novo
antes de ser velho.
És um espelho de juventude:
esta noite escolho
Perder-me profundamente em
teus labirintos mágicos,
Em que a Rainha Vermelha
vocifera em esplêndidas nuances
E o Coelho Branco segue
apressado seu caminho.
Vamos mais uma vez nos
aventurar, de mãos dadas:
Faze-me de novo acreditar –
no País das Maravilhas!
(Brillig, 1949)
(Ilustração: Charles Blackman — Alice in Wonderland)
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