terça-feira, 24 de dezembro de 2024

ALICE, WHERE ART THOU? / ALICE, ONDE ESTÁS?, de Vincent Starrett


 


“Quaint child, old-fashioned Alice, lend your dream:

I would be done with modern story-spinners,

Follow with you the laughter and the gleam:

Weary am I, this night, of saints and sinners.

We have been friends since Lewis and old Tenniel

Housed you immortally in red and gold.

Come! Your naivete is a spring perennial:

Let me be young again before I’m old.

 

You are a glass of youth: this night I choose

Deep in your magic labyrinths to stray,

Where rants the Red Queen in her splendid hues

And the White Rabbit hurries on his way.

Let us once more adventure, hand in hand:

Give me belief again – in Wonderland!

 

Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges:

 

Curiosa criança, remota Alice, empresta-me teu sonho:

Eu desprezaria os contadores de histórias de hoje,

Seguiria contigo o riso e o fulgor:

Estou fatigado, esta noite, de santos e pecadores.

Somos amigos desde que Lewis e o velho Tenniel

Encerraram tua imortalidade em vermelho e dourado.

Vem! Tua ingenuidade é uma fonte perene.

Deixa-me ser jovem de novo antes de ser velho.

És um espelho de juventude: esta noite escolho

Perder-me profundamente em teus labirintos mágicos,

Em que a Rainha Vermelha vocifera em esplêndidas nuances

E o Coelho Branco segue apressado seu caminho.

Vamos mais uma vez nos aventurar, de mãos dadas:

Faze-me de novo acreditar – no País das Maravilhas!

 

(Brillig, 1949)

 

(Ilustração: Charles Blackman — Alice in Wonderland)

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