Io sono una forza del
passato.
Solo nella tradizione è il
mio amore.
Vengo dai ruderi, dalle chiese,
dalle pale d’altare, dai
borghi
abbandonati sugli Appennini
o le Prealpi,
dove sono vissuti i
fratelli.
Giro per la Tuscolana come
un pazzo,
per l’Appia come un cane
senza padrone.
O guardo i crepuscoli, le
mattine
su Roma, sulla Ciociaria,
sul mondo,
come i primi atti del
Dopostoria,
cui io assisto, per
privilegio d’anagrafe,
sull’orlo estremo di qualche
età
sepolta. Mostruoso è chi è
nato
dalle viscere di una donna
morta.
E io, feto adulto, mi aggiro
più moderno di ogni moderno
a cercare i fratelli che non
sono più.[7]
Tradução de Aurora Fornoni
Bernardini:
Eu sou uma força do passado.
Apenas na tradição está meu
amor.
Venho das ruínas, das
igrejas,
dos retábulos, dos burgos
abandonados nos Apeninos ou
Prealpes,
onde viveram os irmãos.
Vagueio pela Tuscolana feito
um louco,
pela Appia feito um cão sem
dono.
Ou olho para os crepúsculos,
as manhãs
pairando sobre Roma, a
Ciociaria, o mundo,
como os primeiros atos do
Após-História,
aos quais assisto, por um
privilégio do registro,
na orla extrema de alguma
idade
sepulta. Monstruoso é quem
nasceu
das vísceras de uma mulher
morta.
E eu, feto adulto, ando à
volta
mais moderno que qualquer
moderno
à procura dos irmãos que já
não são.
(“Seis poetas italianos”. In "Literatura Italiana Traduzida", v.1., n.8, ago. 2020)
(Ilustração: Carlos Barahona Possollo)
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