Às vezes penso naquele poente que eu não vi
em Pungo Andongo
E no tempo (esse estranho mito)
Que não fixou os corpos, nem os gritos
Nem o sangue do sol nesse preciso instante.
Às vezes penso em Pungo Andongo
E em quantas vezes se repetirá o rito
O ritual da morte (outro estranho mito)
Tão lúcido e tão breve nesse preciso instante.
(Anuário de Poesia – Autores não publicados)
(Ilustração: foto de Paulo César Santos - A Pedra Negra do Pungo Andongo, Malange, Angola, abril 2009)
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