sábado, 25 de julho de 2009
O PALÁCIO DA VENTURA, de Antero de Quental
Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!
Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!
Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d'ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas d'ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão -- e nada mais!
(Ilustração: Jacek Yerka)
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Cara, valeu! Como tentei durante anos resgatar algum vestígio deste poema na memória! Sabia que havia cavaleiro; sabia que havia jornada; sabia que havia dele gostado; sabia mais nada. E eis que hoje, ao acaso, aqui o encontrei. Feliz:). Cara, valeu!
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