Odi
et amo. Quare id faciam, fortasse requiris.
Nescio,
sed fieri sentio et excrucior.
Tradução
de João Ângelo Oliva Neto:
Odeio
e amo. Talvez queiras saber "como?"
Não
sei. Só sei que sinto e crucifico-me.
(O
livro de Catulo)
Tradução
de Pedro Mohallem:
Amodeio.
Da causa não me valho:
Só
sei que dói ― e, ai, dói pra c******.
Tradução
de Wagner Schadeck:
Odeio e amo. Perguntas-me a razão.
Não
sei. Mas sinto aflito o coração.
Tradução
de Décio Pignatari:
Odeio
e amo. Como assim?
Não
sei: só sinto e me-torturo-me
(31
poetas, 314 poemas)
Tradução
de Guilherme Gontijo Flores:
odeio
e
amo
por quê?
você pergunta
não
sei ― só sinto acontecer
e crucifico-me
(Revista
Germina, Catulices)
Tradução
de Guilherme Gontijo Flores:
Amo,
odeio. Por que o faço? você me pergunta.
Nunca
sei e se faz: sinto me crucificar.
(Terceira
Margem, v. 21, n. 35, 2017)
Tradução
de Leonardo Antunes:
Amo
e odeio. Por que faço assim tu talvez me perguntes.
Eu
desconheço. Porém, sinto fazer-se e excrucio-me.
Tradução
(intradução) de Augusto de Campos:
Traduções
de Nelson Ascher:
[maio/2015]
Odeio
e amo. Dentro é uma batalha.
Por
quê? Sei lá. Mas dói. E me estraçalha.
Odeio
e amo. E nada há que me valha.
Sinto
o que sinto. Dói. E me estraçalha.
Odeio
e amo. Como assim? Mistério.
Cravado
em minha cruz me dilacero.
Odeio
e amo. Como assim? Sei lá!
Sinto
o que sinto. E a dor me dilacera.
Odeio
e amo. Quanto ao porquê disso –
sei
lá. Sinto o que sinto. E é só suplício.
Odeio
e amo. E ignoro o porquê disso.
Sei
o que sinto. E sinto que é um suplício.
Odeio
e amo. — Indagam como posso.
Sei
lá. Sinto o que sinto. E sei que sofro.
[set.
2016]
Odeio
e amo. -- É pior do que navalha
na
carne. Dói demais e me estraçalha.
Odeio
e amo. -- Dói que nem navalha
na
carne, sei lá como, e me estraçalha.
[fev.
2018]
Odeio
e amo. — Dentro é uma batalha.
Sei
lá. Sinto o que sinto e me estraçalha.
[fev.
2018]
Odeio
e amo. — Dói. — É uma navalha
na
carne que eu só sei que me estraçalha.
*
[jan.
2019]
Amo
e odeio. — Aqui dentro é uma batalha.
Sei
lá como ou por que, mas me estraçalha.
Tradução
de António Feliciano de Castilho:
Amo
e odeio ao mesmo tempo.
Como
pode ser? (perguntas)
Duas
coisas tão opostas
Ao
mesmo tempo tão juntas?
Como
pode ser ignoro;
Sei
o que sinto, a causa és tu,
E
sei que é tão cru o tormento,
Que
o não pode haver mais cru.
(O
livro de Catulo)
Tradução
de José Paulo Paes:
Odeio
e amo. Quiçá queiras saber por quê:
ignoro,
mas sinto que acontece, e sofro.
(Gaveta
de tradutor)
(Ilustração: Paul Bond - The Ilusion Of Love Disturbance)
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