quinta-feira, 10 de janeiro de 2019
THE FIRST EYE / O PRIMEIRO OLHO, de Elise Cowen
The first eye opens by the sun’s warmth
to stare
at it
The second eye is ripped open by an
apothecary
& propped with toothpicks,
systems
& words
and likes
to blink in mirrors
I only know there may be more because
one hurts
when I think too much
The first eye is blind
there is no other
Tradução de Adriano Scandolara:
O primeiro olho se abre com o calor do sol
para
olhá-lo fixo
O segundo olho se abre rasgado por um
boticário
& segurado com palitinhos,
sistemas
& palavras
e gosta de
piscar em espelhos
Só sei que pode haver outros porque
um deles dói quando penso demais
O primeiro olho é cego
não tem nenhum outro
Tradução de IkaRo MaxX:
O primeiro olho abre-se pelo calor solar
para olhar para
ele
O segundo olho é rasgado por um
boticário &
apoiado com palitos de dente,
sistemas & palavras
e gosta de piscar nos espelhos
Eu só sei que pode haver mais porque
um dói quando eu penso demais
O primeiro olho é cego
não há outro
(Ilustração: Zdzisław Beksiński, 1974)
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