Pasarás por mi vida sin saber que pasaste.
Pasarás en silencio por mi amor y, al pasar,
fingiré una sonrisa como un dulce contraste
del dolor de quererte... y jamás lo sabrás.
Soñaré con el nácar virginal de tu frente,
soñaré con tus ojos de esmeraldas de mar,
soñaré con tus labios desesperadamente,
soñaré con tus besos... y jamás lo sabrás.
Quizás pases con otro que te diga al oído
esas frases que nadie como yo te dirá;
y, ahogando para siempre mi amor inadvertido,
te amaré más que nunca... y jamás lo sabrás.
Yo te amaré en silencio... como algo inaccesible,
como un sueño que nunca lograré realizar;
y el lejano perfume de mi amor imposible
rozará tus cabellos... y jamás lo sabrás.
Y si un día una lágrima denuncia mi tormento,
-el tormento infinito que te debo ocultar-,
te diré sonriente: «No es nada... ha sido el viento».
Me enjugaré una lágrima... ¡y jamás lo sabrás!
Tradução de Jefferson Vasques:
Passarás por minha vida sem saber que passaste.
Passarás em silêncio por meu amor, e ao passar,
fingirei um sorriso, como um doce contraste
da dor de querer-te… e jamais o saberás.
Sonharei com o nácar virginal de tua fronte;
sonharei com teus olhos de esmeraldas de mar;
sonharei com teus lábios desesperadamente;
sonharei com teus beijos… e jamais o saberás.
Quiçá passes com outro que te diga ao ouvido
essas frases que ninguém como eu te dirá;
e, afogando para sempre meu amor inadvertido,
te amarei mais que nunca… e jamais o saberás.
Eu te amarei em silêncio, como algo inacessível,
como um sonho que nunca lograrei realizar;
e o distante perfume de meu amor impossível
roçará teus cabelos … e jamais o saberás.
E se um dia uma lágrima denuncia meu tormento,
— o tormento infinito que te devo ocultar —
te direi sorridente: “Não é nada … foi o vento”.
Enxugarei a lágrima … e jamais o saberás!
(Ilustração: Marcel Duchamp - étude nu jeune homme triste dans un train)
Nenhum comentário:
Postar um comentário