O Graal se encontra
mas não se procura.
Cada um deve morrer três vezes
antes de descansar.
O corpo escreveu a palavra antes
a atravessou o dito e o interdito
como o silêncio dócil de Essomeriq em Honfleur
ou o sorriso ambíguo da Monalisa
pintado no rosto azul de Paraguaçu.
Moro no mar cinzento
do penhasco escuro
poções de esquecimento sobre o vidro
te esperam na almofada de cetim.
Entre brumas se escreve o vaticínio
que há de fazer-te escravo aos meus desígnios
enquanto satisfaço os teus caprichos
entre brumas o monte e o precipício
as bruxas e seu mundo
desde o início.
(Ilustração: Canato; Eva)
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