Ninety years later
on a Sunday after-
noon in the month
of November I drove
south from Freiburg
across the foothills
of the Black Forest.
All the way down
to the Belfort Gap
low motionless clouds
above a landscape
deep in shadow,
the hatched patterning
of vineyards on the slopes.
Badenweiler looks
depopulated after
some virulent summer
epidemic. Silent
haemorrhaging in every
house, I guess, and
now not a living
soul about, even
the parking lot
near the facilities empty.
Only in the arboretum
under giant
sequoias do I meet
a solitary lady
smelling of patchouli
and carrying a white
Pomeranian in her arms.
At the evening
draws in the sun
sinks in the West
between the clouds
and the skyline of
the Vosge hills
the last of the
fading light flooding
the Rhine plain
which shimmers and quivers
like the salty shore
of a dried out lake.
Tradução de André Caramuru Aubert:
Noventa anos depois
numa tarde de domin-
go no mês de novembro
eu dirigi para o sul
saindo de Friburgo
através das montanhas
da Floresta Negra.
Por todo o caminho
até o Passo de Belfort
nuvens baixas, paradas
sobre a paisagem
mergulhadas em sombra,
texturas que surgiam
de vinhedos nas encostas.
Badenweiler parece
despovoada após
alguma virulenta epidemia
de verão. Um silêncio
hemorrágico em cada
casa, penso eu, e
agora não há
por aí, vivalma
até mesmo o estacionamento
perto das instalações está vazio.
Somente no viveiro de plantas
sob gigantescas
sequoias eu encontro
uma solitária senhora
com odor de patchuli
e levando em seus braços
um lulu-da-pomerânia.
Conforme à tarde
se desenha no sol
mergulhando no oeste
entre as nuvens
na silhueta das
colinas de Vosge
as derradeiras luzes
empalidecendo e inundando
a planície do Reno
a qual se reflete tremeluzente
tal qual as margens salgadas
de um lago que secou.
(Ilustração: Georg Vorhauer - wiew from the hills into the Rhine plain – 1903)
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