quarta-feira, 1 de julho de 2020

THE HOUSE WAS QUIET AND THE WORLD WAS CALM / A CASA ESTAVA QUIETA E O MUNDO ESTAVA CALMO, de Wallace Stevens



The house was quiet and the world was calm.

The reader became the book; and summer night


Was like the conscious being of the book.

The house was quiet and the world was calm.


The words were spoken as if there was no book,

Except that the reader leaned above the page,


Wanted to lean, wanted much most to be

The scholar to whom his book is true, to whom


The summer night is like a perfection of thought.

The house was quiet because it had to be.


The quiet was part of the meaning, part of the mind:

The access of perfection to the page.


And the world was calm. The truth in a calm world,

In which there is no other meaning, itself


Is calm, itself is summer and night, itself

Is the reader leaning late and reading there.



Tradução de Abgar Renault:




A casa estava quieta e o mundo estava calmo.

O leitor tornou-se o livro; e a noite de estio


era como o ser consciente do livro.

A casa estava quieta e o mundo estava calmo.


As palavras eram faladas qual se não houvesse livro;

mas o leitor sobre a página se curvava,


queria curvar-se, queria muito ser

o sábio para quem seu livro é verdadeiro


e a noite de estio é como a perfeição do pensamento.

A casa estava quieta e o mundo estava calmo.


A paz era parte do sentido e do espírito:

o acesso da perfeição à página.


E o mundo estava calmo. A verdade em tal mundo,

onde não há outro sentido, ela própria,


é calma, ela própria é noite e estio, ela própria

é o leitor curvado até tarde e lendo ali.



(Poesia: tradução e versão)



(Ilustração:  Pablo Picasso 1934 - lisant à table)





Nenhum comentário:

Postar um comentário