quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

DAYS / DIAS, de Ralph Waldo Emerson






Daughters of Time, the hypocritic Days.

Muffled and dumb like barefoot dervishes,

And marching single in an endless file,

Bring diadems and fagots in their hands.

To each they offer gifts after his will,

Bread, kingdoms, stars, or sky that holds them all.

I, in my pleached garden, watched the pomp,

Forgot my morning wishes, hastily

Took a few herbs and apples, and the Day

Turned and departed silent. I, too late,

Under her solemn fillet saw the scorn.




Tradução de José Lino Grünewald:



Prole do Tempo, Dias hipocríticos,

Tampados, mudos, dervixes descalços,

Seguindo sós em fila sem mais fim,

Com diademas e adornos nas mãos.

Oferecem regalos para todos,

Pão, reinos, astros e céu que os sustém.

Eu, em meu jardim curvo, olhava a pompa,

Esquecia os desejos matinais,

Na pressa, peguei ervas e maçãs,

E saiu e voltou, silente, o Dia.

Vi tarde, em seu solene aro, o desdém.




(Grandes Poetas da Língua Inglesa do século 19)




(Ilustração: Valquíria Cavalcante)







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