A beleza
entra pelos poros
e eu me sinto atriz
no teatro grego.
Suas escadarias
me levam
ao passado,
mas encontro
em seu topo
respostas indesejadas,
realidades ocultas
e vozes sombrias.
Onde os atores
as luzes, as ricas roupagens,
onde as belas palavras
e o público atento?
Onde o perfil grego
e as bocas sicilianas?
Acendo velas do silêncio
em homenagem
aos deuses da cena,
beijo o chão de Taormina
e sinto
que as lavas do Etna
penetraram em minhas veias
insidiosamente.
(A mulher e o espelho)
(Ilustração: Thomas Cole - Mount Aetna from Taormina -1844)
Nenhum comentário:
Postar um comentário