Textos, apenas textos, literários e poéticos, históricos e filosóficos, dramáticos e humorísticos; narrativos, descritivos ou dissertativos; de autores de todos os cantos do mundo...
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
PANGI AMI (IRMÃ), de Estevão Maya Maya
Ê Satu Maya,
canta mais uma cantiga
que eu quero aprender.
Moro em terras de brancos
e quero cantar numa língua
que eles não possam entender.
Canta uma toada antiga
ou mesmo um vissungo.
Se andas um pouco esquecido
pergunta pro meu pai
como é aquela toada bonita
que fala do sereno da madrugada...
Tu eras bom Cantadô!
Agora, sei que estás melhor ainda...
tu mesmo sempre dizias:
coco velho é que dá bom azeite.
Eu aqui na cidade
não sou Cantadô: sou cantor...
O dia em que eu chegar à casa
vamos cantar
boi, tambô e bambaí.
Eu também sou Cantadô de primeira
É o que eu vou te mostrar.
(Cantiga Pra gente de Casa, Chegada em Cima da Hora)
(Ilustração: Portinari – banda de música)
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