Qual rugiada o qual pianto
quai lagrime eran quelle
che sparger vidi dal notturno manto
e dal candido volto de le stelle?
E perché seminò la bianca luna
di cristalline stelle un puro nembo
a l’erba fresca in grembo?
Perché ne l’aria bruna
s’udìan, quasi dolendo, intorno intorno
gir l’aure insino al giorno?
Fur segni forse de la tua partita,
vita de la mia vita?
Tradução de Érico Nogueira:
Qual orvalho, ou qual pranto,
que lágrimas aquelas
que vi correrem do noturno manto
e do luzente rosto das estrelas?
E por que semeou a branca lua
nuvens negras de gotas cristalinas
à relva das colinas?
Por que na noite escura
se ouviram, como gritos, mundo afora
caçar o vento a aurora?
Foram sinais, talvez, de que partiste
e eu, mudo, fiquei triste?
(Ilustração: Rene Magritte)
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