Not like the brazen giant of Greek fame,
With conquering limbs astride from land to land;
Here at our sea-washed, sunset gates shall stand
A mighty woman with a torch, whose flame
Is the imprisoned lightning, and her name
Mother of Exiles. From her beacon-hand
Glows world-wide welcome; her mild eyes command
The air-bridged harbor that twin cities frame.
“Keep, ancient lands, your storied pomp!” cries she
With silent lips. “Give me your tired, your poor,
Your huddled masses yearning to breathe free,
The wretched refuse of your teeming shore.
Send these, the homeless, tempest-tost to me,
I lift my lamp beside the golden door!”
Tradução de autoria não identificada:
Não como a fama do gigante de Bronze, da Grécia,
com suas pernas conquista, espaçadas, todas as terras,
aqui em nossos portais lavrados pelo pôr-do-sol marinho,
uma mulher poderosa, com uma tocha, cuja flama
é o relâmpago aprisionado, e seu nome, mãe de todos os Exílios.
De seu punho farol brilha a acolhida abrangente,
seus olhos meigos, comandam.
O porto, estendido nas alturas emoldurado pelas cidades gêmeas
"Guarde terras ancestrais, com sua pompa histórica!",
grita ela com lábios silenciosos, "Deem-me os cansados,
os pobres, suas massas apinhadas,
que anseiam por respirar em liberdade.
A recusa desventurada de seu porto abundante
envia a mim esses desabrigados assolados pela tempestade.
Ergo meu tocheiro ao lado do Portão Dourado.
Tradução de Ivan Eugênio da Cunha:
Não como a estátua audaz de grega fama,
Com pernas entre terras estendidas;
O nosso portão d'água se confia
À dama poderosa cuja chama
Altívola é farol e que se aclama
A Mãe dos Exilados; à que inspira,
Co'a tocha erguida, vasta boas vindas
E ao porto, deste irmão, lança esperança.
"Terra ancestral, retenha seu orgulho!"
Diz suavemente. "Dê-me seus cansados,
Suas massas sedentas de ar puro,
Miseráveis nas costas entulhados.
Entregue-os para mim, os moribundos,
Minha luz mostrará o portão dourado!"
Tradução de Nuno Guerreiro Josué:
Não como o gigante bronzeado de grega fama,
Com pernas abertas e conquistadoras a abarcar a terra
Aqui nos nossos portões banhados pelo mar e dourados pelo sol, se erguerá
Uma mulher poderosa, com uma tocha cuja chama
É o relâmpago aprisionado e seu nome
Mãe dos Exílios. Do farol de sua mão
Brilha um acolhedor abraço universal; Os seus suaves olhos
Comandam o porto unido por pontes que enquadram cidades gémeas.
“Mantenham antigas terras sua pompa histórica!” grita ela
Com lábios silenciosos “Dai-me os seus fatigados, os seus pobres,
As suas massas encurraladas ansiosas por respirar liberdade
O miserável refugo das suas costas apinhadas.
Mandai-me os sem abrigo, os arremessados pelas tempestades,
Pois eu ergo o meu farol junto ao portal dourado.
Tradução de Margarida Vale de Gato:
Não tal gigante — o de bronze e grega fama,
Cujas pernas se firmam sobre duas terras;
Aqui, onde o Sol desce e o mar se quebra,
Ao nosso portão rubro uma mulher inflama
O raio aprisionado. E ela se proclama
A mãe dos exilados; um facho enverga
Que acolhe o mundo inteiro; os brandos olhos ergue
À ponte que no porto dupla urbe irmana.
“Guardai, terras antigas, vossa intacta glória!”
É o que, muda, grita: “A mim! Pobres, estafados,
Massas aflitas que almejam liberdade,
Os que as vossas costas lançam como escória,
Os sem-abrigo que escorraça a tempestade,
A eles estendo a luz nestes portões dourados!”
(*) Poema inscrito aos pés da estátua da Liberdade. O título e as duas primeiras linhas referenciam o Colosso de Rodes, considerado uma das Sete maravilhas do mundo. A linha "your huddled masses" ("suas massas encurraladas") é em referência aos imigrantes que chegavam aos Estados Unidos pelo porto de Nova Iorque, normalmente na Ilha Ellis.
(Ilustração: Edward Moran - A estátua da Liberdade iluminando o mundo – 1886)
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