terça-feira, 10 de novembro de 2020

THE ROAD NOT TAKEN / A ESTRADA NÃO TRILHADA, de Robert Frost

 




Two roads diverged in a yellow wood,

And sorry I could not travel both

And be one traveler, long I stood

And looked down one as far as I could

To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,

And having perhaps the better claim,

Because it was grassy and wanted wear;

Though as for that the passing there

Had worn them really about the same,



And both that morning equally lay

In leaves no step had trodden black.

Oh, I kept the first for another day!

Yet knowing how way leads on to way,

I doubted if I should ever come back.



I shall be telling this with a sigh

Somewhere ages and ages hence:

Two roads diverged in a wood, and I-

I took the one less traveled by,

And that has made all the difference.





Tradução de Renato Suttana:





Num bosque, em pleno outono, a estrada bifurcou-se,

mas, sendo um só, só um caminho eu tomaria.

Assim, por longo tempo eu ali me detive,

e um deles observei até um longe declive

no qual, dobrando, desaparecia…



Porém tomei o outro, igualmente viável,

e tendo mesmo um atrativo especial,

pois mais ramos possuía e talvez mais capim,

embora, quanto a isso, o caminhar, no fim,

os tivesse marcado por igual.



E ambos, nessa manhã, jaziam recobertos

de folhas que nenhum pisar enegrecera.

O primeiro deixei, oh, para um outro dia!

E, intuindo que um caminho outro caminho gera,

duvidei se algum dia eu voltaria.



Isto eu hei de contar mais tarde, num suspiro,

nalgum tempo ou lugar desta jornada extensa:

a estrada divergiu naquele bosque – e eu

segui pela que mais ínvia me pareceu,

e foi o que fez toda a diferença.



(Ilustração: Gustave Doré - Inferno)



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