Eu nunca mais terei teu corpo,
Um rio segue sem esforço
E deságua no mar, o teu rosto
Tão bonito não mais de novo.
Os pássaros não mais cantam
A canção que te acordava.
Recolhem-se sem luz e encanto,
Não veem a noite, a madrugada.
Longa a fuga em que me perco
Na busca da sombra de um cheiro,
Um cheiro que tu não mais exalas.
Sem teu corpo não há sossego:
Ontem acordei mais cedo,
Olhei ao lado e tu não estavas.
(Ilustração: Aaron Coberly)
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