É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
É planta, que de abril favorecida,
Por mares de soberba desatada,
Florida galeota empavesada,
Sulca ufana, navega destemida.
É nau enfim, que em breve ligeireza,
Com presunção de Fênix generosa,
Galhardias apresta, alentos presa:
Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa
De que importa, se aguarda sem defesa
Penha à nau, ferro à planta, tarde à rosa?
(Ilustração: Augustin-Alphonse Gaudar de Laverdine – Narcisse se mirant dans l’eau)
Que porra é essa ?
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