Bom-dia, amigo Sol! A casa é tua!
As bandas da janela abre e escancara,
— deixa que entre a manhã sonora e clara
que anda lá fora alegre pela rua!
Entra! Vem surpreendê-la quase nua,
doura-lhe as formas de beleza rara...
Na intimidade em que a deixei, repara
que a sua carne é branca como a lua!
Bom-dia, amigo Sol! É esse o meu ninho...
Que não repares no seu desalinho
nem no ar cheio de sombras, de cansaços...
Entra! Só tu possuis esse direito
de surpreendê-la, quente dos meus braços,
no aconchego feliz do nosso leito!...
(Ilustração: Javier Arizabalo)
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