domingo, 29 de maio de 2011

AVAL, de Elza Beatriz










Antes

quando as casas

tinham varandas

e a infância corria

entre jardim e quintal

viver, acreditem,

era bastante normal

e ser poeta não era

esse ofício mortal

de extrair uma flor

de uma pedra

de sal.


(Silêncio Armado)


(Ilustração: Ada Breedveld)



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