A lua albente derrama
Sobre a terra luz tranquila.
Qual triste, amorosa dama,
Seu pranto de luar distila...
Daquela gente pupila,
Dulce, que sofre porque ama,
Contempla a estrada da vila...
“Nunca mais!” – chorando exclama.
“Nunca mais!...” Ele o dissera.
Por isso, já não o espera,
E a Deus só a morte impreca...
Infeliz Dulce, coitada!...
Deserta é a fazenda e a estrada.
Roncam sapos na charneca.
(Cromos)
(Ilustração: Edward Hopper)
Surpreendente esse Abílio Barreto. Só conhecia os Cromos de B. Lopes. O Barreto parece melhor.
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