segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CRAVO, de Álvaro Dias Cuba








Toda vez que ouço um cravo
Sou remetido à Inglaterra velha
Tudo tinha mãos de veludo lá
corte de uma rainha má
Fico saudoso como um neto velho.


Esgrima, livros, luvas, caracóis
Lenço de seda para a namorada
Nossos rapazes da boca rosada.


Castelos, vento, bruxas, menestréis
Onde nasci uma vida passada
Druida filho da lua gelada.



(Doido)


(Ilustração: Casper David Friedrich)




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