sexta-feira, 15 de setembro de 2017

L’APPEL AMER D’UN SANGLOT / O APELO AMARGO DE UM SOLUÇO, de Joyce Mansour








Venez femmes aux seins fébriles

Ecouter en silence le cri de la vipère

Et sonder avec moi le bas brouillard roux

Qui enfle soudain la voix de l'ami

La rivière est fraîche atltour de son corps

Sa chemise flotte blanche comme la fin d'un discours

Dans l'air substantiel avare de coquillages

Inclinez-vous filles intempestives

Abandonnez vos pensées à capuchon

Vos sottes mouillures vos bottines rapides

Un remous s'est produit dans la végétation

Et l'homme s'est noyé dans la liqueur



Tradução de Éclair Antonio Almeida Filho:


Venham mulheres de seios febris

Escutar em silêncio o grito da víbora

E sondar comigo o baixo nevoeiro ruivo

Que infla de súbito a voz do amigo

O rio é fresco em torno do corpo dele

Sua camisa flutua branca como o fim de um discurso

No ar substancial avaro de conchas

Inclinem-se moças intempestivas

Abandonem seus pensamentos de chapeuzinho

Suas imbecis molhadelas suas botas rápidas

Um redemoinho se produziu na vegetação

E o homem se afogou no licor



(Carrè Blanc, 1965)





(Ilustração: Viktor Olivia; Le buveur d'absinthe)





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